Cripto arte é uma arte digital colecionável com edição limitada registrada criptograficamente através de um token não-fungível por meio de uma blockchain. Desta forma permite-se que a mesma tenha a sua autenticidade comprovada, como uma arte física — algo semelhante às pinturas originais de Andy Warhol que carregam a assinatura do artista.
Na arte digital, essa verificação ocorre através de um NFT, um token não-fungível garantindo assim, a sua originalidade. O NFT nada mais é que o tipo de código de verificação (token) que é permanentemente vinculado à obra de arte, tornando possível negociá-la com segurança.
Esta tecnologia permite que o envio e o recebimento de dados sejam rastreados e acessados em qualquer computador do mundo através da blockchain. Dessa maneira, a partir do registro do NFT, a blockchain exerce a função de um especialista em obras de arte, que verifica a autenticidade de uma peça, investigando o histórico e as informações sobre ela.
Cripto Arte x Escassez = Valor de Mercado
A cripto arte está reduzindo de forma significativa o espaço entre a arte digital e a arte tradicional. As peças com o token não-fungível resgatam o sentimento dos colecionadores em ter uma obra única, mesmo que seja um arquivo digital (imagem, foto, vídeo, música, mensagem, postagem em redes sociais etc.).
Sendo uma arte que agora pode ter sua autenticidade verificada, as obras digitais em cripto arte se tornam economicamente valiosas e podem ser vendidas por milhões, coisa que antes não acontecia por não ser possível atestar a singularidade do arquivo que carrega a obra.
Atualmente já existe um público disposto a pagar grandes quantias para ter obras originais de seus artistas favoritos. Apesar de o mercado de cripto arte existir desde 2018, seu crescimento se iniciou em meados de 2020, e o “boom” aconteceu em fevereiro de 2021, com o volume de obras ultrapassando os 78 milhões.
As obras digitais “tokenizadas” uma vez registradas na blockchain, podem ser negociadas através de criptomoedas. Hoje, as moedas virtuais estão em alta e têm valores elevados na conversão para as moedas fiduciárias.
Escassez é a palavra-chave para a valorização das artes criptográficas. Tudo se resume em ter algo único e exclusivo, como a forma de obra de arte mais tradicional do mundo: a pintura.
Artigo e Pesquisa | Marcus Ferreira